MELANOMA MALÍGNO:
É o câncer de pele mais letal. Pode surgir em áreas expostas ou não ao raios do sol, e acomete principalmente pessoas acima dos 30 anos de idade. Tem forte relação familiar, sendo o fator genético, o principal fator de risco.
Uma pinta sem suspeita de malignidade é geralmente marrom ou preta, de coloração uniforme, achatada ou levemente elevada em relação ao restante da pele. Pode ser redonda ou oval e costumam ser menores que 6 milímetros. Elas podem estar na pele já no nascimento ou aparecer depois e são “estáveis”, mantendo o tamanho, forma e cor por muitos anos. Pintas muito escuras, com bordas irregulares, ou de crescimento rápido podem ser suspeitas e evoluir para melanoma.
Pintas ou sinais anormais devem ser monitorados com aparelhos chamados dermatoscópios, existentes nos consultórios, e podem ajudar a diferenciar entre pintas suspeitas ou não, mas existem algumas características que caracterizam as pintas preocupantes. E podem ser classificadas em uma regra chamada ABCD:
Assimetria:
Bordas irregulares
Cor: diferentes tons de marrom, preto e, às vezes, azul, vermelho ou branco na mesma lesão
Diâmetro: a pinta tem mais de 0,5 cm (embora possa haver melanomas bem menores)
Alguns melanomas fogem dessa descrição, e o melhor é procurar um especialista se você suspeitar de algo diferente.
A confirmação ou não do diagnóstico de câncer de pele é feito através de uma biópsia, a retirada de uma amostra de tecido que vai ser analisada ao microscópio. Existem vários tipos de biópsia, podendo ser incisional, o preferencialmente excisional, sempre feitas com anestesia local, e a escolha vai depender do tamanho da lesão e de sua localização no corpo.
Se o diagnóstico for confirmado é necessário uma ampliação das margens cirurgicas após o resultado da primeira biópsia. Esta margem vai depender da profundidade do tumor que foi medido no exame microscópico da biópsia prévia (índice de Breslow).
Pode ser necessário a avaliação de um cirurgião oncológico ou de um oncologista, para dar continuidade ao tratamento, que normalmente é cirúrgico e clínico.
Em alguns casos mais avançados, o melanoma se espalha (metástase) para linfonodos (gânglios linfáticos), ou mesmo para outros órgãos como pulmões, cérebro, etc.
Casos metastáicos devem ser tratados em equipe multidisciplinar, e o uso de drogas mais recentes como a imunoterapia e a terapia alvo tem se mostrado promissoras, aumentado muito a sobrevida e qualidade de vida destes pacientes.